Ambiente, história, património, opinião, contos, pesca e humor

31
Jan 10

Do Algarve chegou-nos esta verdadeira anedota, colocada na porta de um restaurante. Deve ser para testar o sentido de humor dos turistas ingleses.

 

 

 

 

publicado por Brito Ribeiro às 15:15
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25
Jan 10

“Por Terras de Dem” assim chamaram ao percurso pedestre que levou mais de quarenta participantes a percorrer caminhos e trilhos da Serra d’Arga nas Freguesias de Dem e Arga de S. João.

 

 

 

A saída foi da Chão do Porto no centro da Freguesia e seguimos pelo caminho tradicional dos romeiros de S. João d’Arga até ao Lugar de Felgueiras em Arga de S. João. Aqui ainda se podem apreciar algumas casas e espigueiros característicos da zona.
 
 
 
 
Como curiosidade, lembro que estes espigueiros totalmente construídos em granito, ripado de madeira e telha, são diferentes dos espigueiros da vizinha Freguesia de Arga de Cima onde são construídos em granito e lajes de pedra xistosa, incluindo a cobertura.
 
 
O terreno estava pesado, bastante encharcado mas progredia-se razoavelmente, para tal tendo contribuído a limpeza prévia feita pelo pessoal da Junta de Freguesia.
 
 
Só assim conseguimos aceder ao “Penedo Redondo” ou “Sino dos Mouros”, um enorme rochedo que se destaca na encosta sobranceira a Dem e que tem várias inscrições gravadas, que nunca terão sido convenientemente estudadas.
 
 
Foi nesta ocasião que a chuva decidiu aparecer e acompanhar-nos até ao final, não nos impedindo de visitar o moinho das Ínsuas, um engenho hidráulico que já não funciona, mas que poderá em breve ser alvo de obras de recuperação.
 
 
Foi-nos também proporcionada a visita a um atelier de fabrico de trajes regionais, um dos últimos da Serra d’Arga e o passeio terminou com um lanche simples e delicioso, oportunamente organizado pela Junta de Freguesia, pois estávamos todos com as reservas de energia esgotadas.
 
 
 
publicado por Brito Ribeiro às 20:46
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17
Jan 10

José Bento Ramos Pereira nasceu em Riba d’Âncora e após fazer a instrução primária emigrou para o Brasil com 14 anos onde tinha familiares. Embarcou em Caminha na barca que o transportou até Lisboa, onde tomou o navio que o levaria Atlantico fora, até à costa sul americana.

Lá se ilustrou, fez fortuna e deixou nome como benemérito tendo contribuído para a criação do Hospital da Real Benemérita Sociedade Portuguesa constituída em 1840 pela vontade de um grupo de portugueses residentes no Rio de Janeiro.

Depois de vencidas inúmeras dificuldades, a 16 de Setembro de 1858 foi inaugurado o Hospital de S. João de Deus, na Rua de Santo Amaro. Porém, seis anos após a inauguração do hospital, por efeitos da crise económica em toda a América Latina, a Beneficência Portuguesa viveu os momentos mais difíceis da sua história.

Nesse ano, José Bento Ramos Pereira, encontrava-se de férias em Portugal. Era então já Comendador, senhor de fortuna e muito prestígio. Tal como em terras brasileiras não esquecia a sua aldeia, também durante as férias não esquecia as dificuldades do hospital que no Rio de Janeiro ajudara a construir para socorrer os seus compatriotas mais pobres. Concebeu a ideia de angariar prendas que seriam leiloadas e o dinheiro obtido aplicado no hospital que tão caro lhe era.

Não se poupou a esforços, tendo até interpelado a Rainha D. Maria Pia e enviado cerca de mil e quinhentas circulares para instituições e pessoas das suas relações. No total os leilões em Portugal e no Brasil renderam mais de setenta contos de reis e pela acção em favor dos portugueses desfavorecidos em terras de Vera Cruz, a Rainha pretendeu conceder um título honorífico a que José Bento reconhecidamente agradeceu comovido e recusou.

 

 

Homem que se fez a pulso, não esqueceu os seus, nem a sua terra. Em Riba d’Âncora mandou construir e mobilar uma escola. Edifício modelo, como não havia outro nas redondezas, apetrechado com biblioteca dotada de boas obras encadernadas e residência para o professor.

No frontispício estão colocadas duas lápides e a mais antiga diz: “ESCHOLA DE INSTRUÇÃO PRIMÁRIA, criada por decreto de 11 de Dezembro de 1866. Esta caza foi edificada para este mesmo fim a expensas do Comendador José Bento Ramos Pereira no ano de 1866”.

Também José Bento procurava ajudar a família que em Riba d’Âncora continuava a labuta do dia-a-dia. Vários foram os sobrinhos que ele acarinhou e encaminhou nos estudos.

De regresso definitivo a Portugal fixa-se no Porto onde foi vereador da Câmara Municipal e membro honorário da Associação Comercial, morando em casa própria, sita na Rua do Bonjardim.

José Bento tinha casado no Brasil com uma prima, Gertrudes da Silva Pereira, senhora de muita beleza e igual, na generosidade, a seu marido.

No Rio de Janeiro nasceram os dois primeiros filhos e no Porto mais seis. No total cinco raparigas e três rapazes. Como era costume nas famílias abastadas tiveram professores em casa e um dos filhos de nome José Bento, como o pai formou-se em Direito em Coimbra seguindo magistratura. Os outros dois filhos, o mais velho e o mais novo formaram-se em medicina, na Escola Médica do Porto. Este último era o Dr. Luís Inocêncio Ramos Pereira uma figura ainda hoje muito grata em Vila Praia de Âncora e da qual já falei aqui no blog.

O Comendador José Bento Ramos Pereira era descrito por quem com ele privava como um homem austero, muito religioso e de grande honradez e generosidade.

Na primeira vez que regressou a Portugal a sua mãe já tinha falecido, apenas o pai, idoso, era vivo. A morte prematura da mãe foi um trauma que o perseguiu durante toda a vida. A derradeira homenagem à sua progenitora terá sido a construção de uma casa na Quinta da Picada, no sítio onde, dizem, a teria visto pela última vez quando, em adolescente, partira para o Brasil.

 

publicado por Brito Ribeiro às 12:40
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10
Jan 10

A meteorologia anunciava chuva, com queda de neve acima dos quatrocentos metros de altitude. Como de costume não acreditei, pelo simples facto de ouvir esta lenga lenga meia dúzia de vezes por ano e raramente se concretizar.

Mas a meio da manhã vi que a Serra d'Arga estava envolta num manto de névoa e a chuva ligeira que caía em Vila Praia de Âncora era autentico gelo. Pelo meio dia a névoa levantou um pouco e sobre o Monte de Terrugem já se distinguiam zonas brancas nas partes mais altas.

Depois do almoço metemo-nos a caminho da serra que, a partir do povoado de Arga de S. João, estava razoavelmente coberta de um deslumbrante manto branco.

Subimos até ao desvio para o Parque Eólico, muito perto de Arga de Baixo onde chovia e ventava com bastante intensidade. A estrada estava transitavel, mas exigiam-se cuidados redobrados.

Regressamos fazendo uma paragem no Santuário de S. João d'Arga onde registamos estas fotografias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Brito Ribeiro às 16:36

09
Jan 10

Como frequentador assíduo da ecopista entre a Cruz Velha e a Meia Légua em Moledo, passo frequentemente pelas alminhas de S. Domingos. Já nem é a primeira vez que me abrigo no alpendre de alguma chuvada inesperada e recordo que há quase sempre alguma vela a arder, certamente lá colocada por devoção.

Até aqui nada de estranho. Aconteceu que tive uma necessidade fisiológica e entrei no pequeno bosque nas traseiras das Alminhas e deparo-me com o espectáculo que as fotos documentam.

Provavelmente quem lá vai retirar as velas usadas ainda não reparou que tem um contentor a 150 metros ou, em alternativa, existem umas coisas chamadas sacos plásticos, que servem para as pessoas transportarem comodamente pequenos objectos de um lado para o outro.

Não havia necessidade de conspurcarem o meio ambiente e darem uma imagem negativa junto a um percurso turístico.

Também se eu não tivesse aquela necessidade...

 

 

 

publicado por Brito Ribeiro às 19:08
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