Ambiente, história, património, opinião, contos, pesca e humor

29
Jun 07
 
CASAL MCCANN FAZ TUDO PARA MANTER VIVO O CASO DO DESAPARECIMENTO DA PEQUENA MADELEINE
 
Desde que Madeleine foi raptada, na noite de 3 de Maio, os pais da criança puseram em marcha a maior campanha desenvolvida até hoje para encontrar uma pessoa desaparecida.
Kate e Gerry já percorreram cinco países e conseguiram mesmo despertar a atenção do Papa Bento XVI, que benzeu a fotografia da menina.
“Tudo o que fazemos é para garantir que o máximo possível de pessoas no Mundo conheça o que se passou com Madeleine e possa ajudar a trazê-la de volta a casa”, confessam Kate e Gerry.
O casal tem ganho forças para esta batalha na sua profunda fé católica. Não admira, por isso, que a primeira visita efectuada tenha sido ao Santuário de Fátima. Depois não descansou até conseguir ir a Roma e falar – mesmo que por breves momentos – com o Sumo Pontífice.

 
Kate e Gerry deslocaram-se ainda a vários países, onde mantiveram contactos com responsáveis governamentais, no sentido de apelar à sua colaboração na investigação em curso. E promoveram conferências de imprensa a alertar a opinião pública para o desaparecimento da filha, que se transformou num dos casos de maior cobertura mediática alguma vez verificado no Mundo.
Espanha foi o primeiro destino de Kate e Gerry, dada a proximidade com Portugal e a possibilidade de aquele país ter sido usado como ponto de passagem do raptor.
Seguiu-se a Alemanha, um dos principais mercados turísticos do Algarve.
Pediram a colaboração de todos os turistas que tenham passado pela Praia da Luz, apelando a que fornecessem informações ou fotografias que pudessem ajudar na investigação. E fizeram o mesmo na Holanda.
A única viagem fora da Europa foi a Marrocos, depois de uma turista norueguesa ter garantido ter visto Madeleine numa estação de serviço próximo de Marraquexe.
 
 
PISTAS INVESTIGADAS
 
MARROCOS
As autoridades portuguesas continuam a investigar o depoimento de uma turista norueguesa que afirma ter visto Madeleine numa estação de serviço em Marraquexe na companhia de um homem.
 
MALTA
Ainda sem resultados, continuam as investigações da Polícia maltesa sobre alegados avistamentos da menina naquela ilha do Mediterrâneo. Pelo menos três testemunhos estão a ser averiguados com rigor.
 
ODIÁXERE
Carta anónima com mapas enviada ao jornal holandês ‘De Telegraaf’ indicava o local onde o corpo de Maddie estaria enterrado. A PJ procedeu a investigações no local mas abandonou esta pista, por falta de indícios.
 
ESPANHA
Em Espanha, o jornalista Antonio Toscano investiga por conta própria, afirmando que a criança foi raptada por um indivíduo ligado a redes pedófilas internacionais.
O jornalista e investigador espanhol António Toscano acredita que a sua pista pode ser decisiva para encontrar Madeleine, mas desconhece se existe relação entre as duas pessoas agora detidas no seu país e o indivíduo que ele acredita ter sido o raptor, o chamado ‘El Francês’.
“Ele tem uma grande logística e trabalha com várias pessoas, de vários países”, refere o investigador, acrescentando que “a Polícia portuguesa e a espanhola estão de forma muito empenhada e determinada no caso”.
Sabe-se que Toscano deixou na PJ de Portimão, onde foi anteontem (27) foi ouvido na qualidade de testemunha, fotografias de ‘El Francês’, bem como dados sobre pessoas com quem o suspeito se relaciona em toda a Europa.
 

 
CRONOLOGIA
 
3 DE MAIO
Madeleine McCann de Rothley, na Inglaterra, desaparece entre as 21h30 e as 22h00, do aldeamento Ocean Club, na Praia da Luz, do quarto onde dormia com os dois irmãos gémeos, enquanto os pais jantavam num restaurante a 50 metros.
 
5 DEMAIO
Enquanto decorriam as buscas, o director nacional adjunto da PJ, Guilhermino Encarnação disse estar em condições de afirmar que a criança fora raptada e avançou com a existência do esboço de um eventual suspeito. PJ trabalha com Europol e Interpol.
 
7 DE MAIO
Kate McCann, mãe de Maddie, apela emocionada para que libertem a sua filha em segurança. Cristiano Ronaldo é a primeira figura pública a apelar por Maddie. O CM avança que investigações conduzem a rapto por rede de pedofilia.
 
10 DE MAIO
PJ ouve dois suspeitos que estiveram alojados no Ocean Club. Estes foram submetidos a identificação presencial pelos pais de Madeleine. O pai, Gerald McCann, foi interrogado 14 horas. E a mãe sete horas. PJ sublinha que os pais não são suspeitos.
 
12 DE MAIO
Maddie faz quatro anos. Meio milhão reza no santuário de Fátima. Muitos exibem imagens de Maddie que jornais na China publicam em primeira página. Rapto transforma-se num caso mediático sem precedentes. Famosos dão milhões por informações.
 
14 DE MAIO
Robert Murat, britânico de 32 anos, a viver no Algarve, é constituído arguido. Ao fim de 14 horas de inquirição na PJ de Portimão, saiu em liberdade. Após o rapto ofereceu-se para colaborar com polícia. Vive com a mãe numa casa a cem metros do Ocean Club.
 
16 DE MAIO
O técnico de informática russo Sergei Malinka, que na noite do rapto falou por telefone com Murat, é ouvido pela PJ. Saiu da PJ em liberdade. É testemunha no processo de desaparecimento. Criado site de apoio na net www.findmadeleine.com.
 
21 DE MAIO
Perante eventual pista de que de Madeleine foi vista em Marrocos, o inspector-chefe Olegário Sousa, porta-voz da PJ, disse que “continua em estudo e não foi descartada” essa hipótese. Autoridades afastaram pista que envolveram centenas de audições.
 
30 DE MAIO
Pais de Maddie viajam por vários países e anunciam que só deixam Algarve depois de saberem de Maddie. Para além do Vaticano, onde Bento XVI benzeu uma foto de Maddie, casal deslocou-se a Espanha, Holanda, Alemanha e Marrocos.
 
13 JUNHO
Uma carta anónima recebida no diário holandês ‘De Telegraaf’ diz que Madeleine pode estar morta e enterrada a 15 quilómetros do local de onde desapareceu, no Algarve. A PJ vai para o terreno com cães mas pouco depois abandona a pista.
 
21 DE JUNHO
Um turista garante às autoridades ter visto a menina inglesa em Malta, ilha situada no Mediterrâneo. Após o primeiro alerta, vários relatos continuam a chegar às autoridades, que desencadeiam uma operação de buscas, sem êxito.
 
22 DE JUNHO
A Polícia Judiciária desloca-se ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, depois de ter sido informada da possibilidade de Madeleine McCann ser um dos passageiros num avião da TAP proveniente da Suíça. A pista acabou por revelar-se falsa.
 
27 DE JUNHO
O jornalista espanhol Antonio Toscano é ouvido como testemunha na PJ de Portimão. O repórter acredita que Maddie está viva, vale dois milhões de euros e foi raptada por um homem que trabalha para redes pedófilas conhecido por “El Francês”.
 
28 DE JUNHO
Um italiano e uma portuguesa foram detidos pela polícia espanhola perto de Cádiz. O porta-voz da Polícia Judiciária, Olegário Sousa, escusou-se a confirmar que as detenções estejam relacionadas com o desaparecimento de Maddie McCann, mas a imprensa espanhola refere que este cidadão italiano terá tentado extorquir dinheiro da recompensa, dizendo saber onde estava a criança. Acabaram por descobrir que alem de cadastrado, tinha pendente um mandato de detenção internacional a pedido da justiça francesa por tentativa de homicídio.
 
 
 
publicado por Brito Ribeiro às 12:34
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27
Jun 07
Designação
Capela de São Sebastião
 
Localização
Viana do Castelo, Caminha, Vila Praia de Âncora, Lugar do Santo; 
 
Protecção
Inexistente
 
Enquadramento
Urbano, isolado, integração harmónica na periferia de Vila Praia de Âncora, junto à Fábrica de Lacticínios Âncora.

Possui adro, sobrelevado em relação aos arruamentos que o circundam, delimitado por muro de alvenaria de granito, caiado, com acesso por três entradas, a Oeste, Sul e Este, esta última marcada por pilares em cantaria sobrepujados por urnas e servida por ampla escadaria pétrea de treze degraus, com parapeito metálico.
O adro, lajeado no espaço fronteiro à fachada principal da capela e no restante relvado e pontuado por cedros e árvores de grande porte, possui coreto de base de planta hexagonal, com paramentos em granito coroados por plinto de cantaria, sendo cerrado por gradeamento em ferro forjado, decorado com liras, e em cada uma das arestas do polígono, erguem-se seis colunas de ferro fundido que suportam armação onde assenta a cobertura, em ferro forjado, rematada no vértice por acrotério sustentando catavento. Antecedendo a entrada Oeste do adro, ergue-se um cruzeiro.
 

Utilização Inicial
Cultual e devocional: Capela
 
Utilização Actual
Cultual e devocional: Capela
 
Propriedade
Privada: Igreja Católica
 
Época Construção
Séc. 17 / 18 / 19 / 20
 
Arquitecto | Construtor | Autor
Desconhecido.
 

Cronologia
1676 - Construção da Capela, conforme data inscrita no arco que envolve o retábulo; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais, a capela era centro de peregrinação, visto indicar-se que a freguesia de Santa Maria de Âncora era obrigada a vir em clamor, anualmente, no dia de São Lourenço (ALVES, 1985, p. 601);
1790 - data inscrita na padieira da porta da sacristia, alusiva à sua construção;
1825 - data inscrita no relógio de sol;
século XIX - época provável de construção do retábulo-mor;
1995 - data inscrita na sineta, assinalando a sua reparação.
 

Tipologia
Arquitectura religiosa, maneirista. Capela de planta longitudinal composta de nave única e capela-mor, mais estreita, com sacristia rectangular adossada à fachada lateral esquerda.
Fachada principal terminada em empena truncada por sineira de uma ventana em arco de volta perfeita, rasgada por portal de verga recta, moldurado, encimado por frontão interrompido por nicho com frontão triangular.
Fachadas laterais coroadas por friso e cornija e com porta travessa na lateral direita, de verga recta, encimadas por friso e cornija. Interior com capela-mor em abóbada de berço formando caixotões e ostentando retábulo em talha policroma, neoclássico, de planta recta e um eixo.
 

Características Particulares
Capela composta por capela-mor à mesma altura da nave e possuindo na fachada principal dois óculos elípticos de feitura provavelmente posterior.
A fachada possui várias tendências verticalizantes, conferidas pelo remate em sineira e pelos pináculos mais ou menos relevados dos frontões do portal e nicho. Interiormente, a abóbada da nave, desarmonizada em relação à da capela-mor, maneirista e datada, parece ter sido construída no séc. XX.

O intradorso do arco triunfal e o da parede testeira da capela-mor apresentam as aduelas molduradas com motivo em losango inscrito em rectângulo. A pia de água benta junto à porta travessa é maneirista, mas possui uma decoração com elementos enrolados.
O retábulo-mor constitui uma interpretação local dos modelos neoclássicos, tendo poucos elementos eruditos.
O relógio de sol, em granito de tonalidade avermelhada, revela um excelente trabalho de cantaria.
A colocação do púlpito no exterior, em frente da fachada principal e sob um alpendre, maneirista, coberto por domo, afigura-se invulgar no distrito de Viana.
 

Materiais
Estrutura em cantaria, com paramentos rebocados e pintados; vãos, cunhais, sineira e relógio de sol, pia de água benta, lavabo, púlpito e alpendre em cantaria de granito; cobertura em madeira telhada; cobertura interior em granito e em vigotas de betão; retábulo em talha policoma; portas de madeira; pavimentos em mosaico cerâmico e em lajes graníticas; janelas gradeadas e envidraçadas; grades em ferro; estrutura do coreto em granito e cobertura em ferro forjado; cruzeiro de granito.
 
 
publicado por Brito Ribeiro às 13:10

26
Jun 07
A poesia de Rouxinol de Bernardim sobre o “complex” da nossa administração
 
Vai andando por aí:
Câmaras municipais,
Nos seguros já a vi...
Na banca ... e até tribunais!

Mafiosa e prepotente
Maltrata a lei e o bom senso...
É meretriz indecente
Amante do cifrão... penso!

De uma estupidez sem peias
Cheiro a presunção, intenso!
É bem curta das ideias
Mas o seu rabo é imenso...

Se tem o poder, então,
Procura um efeito cénico:
Sem argumentos à mão
Lança mão do "esquizofrénico"!...

O País vai infestando
Da Madeira até Caminha...
Cada vez mais vai medrando
Asnocracia daninha!...

Asnocracia é simplória
Muita empáfia ela denota
'stá sempre a cantar vitória
Mesmo na maior derrota!!!
publicado por Brito Ribeiro às 11:41
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21
Jun 07
Composição do João (6º ano) - Uma obra prima!
 
As rãs:
 
Eu gosto muito de rãs. As rãs arrotam a noite toda. As rãs são mais pequenas que as vacas e mais grandes que um pintelho.
As rãs não têm pintelhos.
As rãs põem ovos pela paxaxa que depois dão rãzinhas pequenas.
Se as rãs tivessem pintelhos na paxaxa arranhavam os ovinhos que são muito pequenininhos e as rãzinhas que estão lá dentro iam morrer porque entrava água pelas arranhadelas e elas morriam afogadas e porque quando são pequenas não têm patas não sabem nadar.
Eu também ainda não tenho pintelhos mas já sei nadar.
Também ainda não tenho paxaxa mas um dia vou ter muitas.
As rãs são as mulheres dos sapos.
Os sapos não têm unhas por isso não podem coçar os tomates.
É por isso que eles andam com as pernas abertas a arrastar os tomates que é para os coçar.
E quando se picam nos tomates os sapos dão saltos.
As rãs também dão muitos saltos, por isso têm a paxaxa sempre aos saltos.
Eu gosto muito de rãs.
E gosto muito de sapos.
publicado por Brito Ribeiro às 15:12
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18
Jun 07
Estavam a “dar” uns robalos no praial de Âncora e nós tratamos de aproveitar porque não era ano de muita fartura e o verão já estava quase passado. Foi na semana a seguir à festa da Senhora da Agonia de Viana, que pela manhã cedo, se tiravam uns robalotes jeitosos, nunca abaixo do meio quilo. É certo que saíam poucos, mas sempre era melhor que nenhum.
Nós corricavamos devagar em longas passagens desde o Moreiro até às primeiras pedras e fomos fazendo a nossa pesca. Como era habitual, desde que descobrimos o peixe, nos dias seguintes, juntavam-se mais alguns barcos que habitualmente só andavam à “mama”, esperando que os outros encontrassem o peixe para depois eles aparecerem.
Assim foi, quem encontrara o peixe tínhamos sido nós, o Fernando Nelaço e o Tone Rosito, ainda andamos dois dias sossegados a dar neles, até que, ao terceiro dia, quando saímos do portinho, demos de caras com oito barcos a corricar ao longo do praial. A mim deu-me vontade de rir, mas o Zé da Tilde, o meu parceiro, não achou graça nenhuma e fartou-se de “remoer”.
Lá avançamos, cheios de coragem, para o meio do maralhal, ainda demos uma passagem, mas aquilo não era para nós. Corricar com as linhas estendidas oitenta ou cem metros atrás do barco, com os outros gajos a manobrar à toa e a enrascar a cada passo, não era para nós, que gostamos de pescar com tranquilidade e “à larga”.
Afastamo-nos da costa e das rotas dos outros tipos e passamos a corricar praticamente sós, apenas o Arturinho estava perto de nós, pois ele também não gosta dessas confusões. E vimos algumas discussões ao longe, pois havia dois barcos o do Ginho e o do “Olhinhos” que levavam tudo na frente, não sei se por ganância dos melhores locais, se por mera azelhisse.
- São muito burros! Em vez de virarem todos para o mesmo lado, cruzam-se e apanham as linhas uns dos outros – dizia o Zé, que apreciava o bailado confuso dos pequenos barcos, junto à costa.
- E são sempre os mesmos a fazer merda. Olha, já apanharam as linhas do Nel do Cuco! Agora é que vai ser bonito. – dizia eu, pensando que o Cuco ia arranjar uma discussão grossa. Em breve, estavam vários barcos parados, perto uns dos outros, o Nel esbracejava violentamente, devia estar a dizer das boas a alguém.
- Ainda bem que saímos dali. Aqui também se apanham e não vai tardar a fugir-lhes o peixe.
- Pudera, ao movimento e ao barulho que fazem, aposto que já o espantaram.
Parece que nunca tinha dito uma frase tão verdadeira. O peixe falhou-lhes e aos poucos todos se foram embora, deixando-nos sozinhos.
- Vamos lá dentro experimentar, Zé?
- Hum… Acho que é melhor ficar por aqui, o mar tem uma voltinha a mais e aqui também vamos apanhando.
 
Isso era verdade e já tínhamos engatado um par deles. Aos poucos percebemos que os robalos estavam mais fundo, colocamos chumbeiras maiores nas linhas e reduzimos a velocidade. Assim passamos a manhã e quando nos estávamos a preparar para regressar a terra com sete ou oito peixes no balde, engatamos dois ao mesmo tempo.
Paramos o barco e cada um tratou de meter a bordo o seu robalo. Arrancamos e mal tínhamos largado as linhas novamente, voltamos a engatar mais dois. Repetimos a operação e continuamos, mas não sentimos mais nada.
“Meia volta, que o peixe está para sul, em frente às primeiras escadinhas de madeira”, uma nossa referência. Ao passar lá, demos com eles e continuamos a pescar robalos, se calhar do tal cardume, que tinha aparecido, logo de manhã, junto à rebentação, tinha-se espantado e horas depois regressara.
Com as borrachinhas verde escura e peso suficiente para o estralho ir junto ao fundo de areia, a seis ou sete metros, os cachiços iam “saltando” para dentro do barco.
O Tone Rosito e o filho, o “Chuinga” que já estavam em terra há um par de horas, viram-nos dar tantas voltas sempre no mesmo sítio que desconfiaram, meteram-se novamente no barco e quando chegaram à nossa beira nem foi preciso perguntar nada, porque também já estavam a sentir o peixe nas linhas.
 
Sem termos feito uma pesca extraordinária, sempre apanhamos mais que qualquer um dos outros e estávamos bem contentes, até porque os robalos tinham o tamanho que mais gostávamos, é chamado peixe de dose, embora tirar um peixe grande dá sempre um gozo extraordinário.
Chegamos a terra já passava da uma da tarde e não estava praticamente ninguém no portinho, por isso a nossa pescaria passou despercebida.
 
No dia seguinte foi a mesma “pouca-vergonha” com todos amontoados logo ao nascer do dia no praial.
Com as nossas calmas, lá fomos para o pesqueiro bastante mais fora que os outros, onde a espaços, íamos apanhando algum robalote e um ou outro ruivo. O dia estava enfarruscado, sentia-se uma brisa fraca de sudoeste e o mar tinha alguma ondulação de fundo, que convidava a malta a afastar-se da costa e da rebentação.
Ao fim da manhã voltamos a ter o nosso momento de glória, com o peixe a redobrar de actividade. Junto de nós apenas o Rosito e o Nelaço, a quem lhe contáramos o sucedido, no dia anterior.
Voltamos a entrar tarde, já a maré descia há um par de horas e o mar parecia estar a crescer.
Durante a tarde o vento aumentou, o mar era “mais”, à noite já era uma maresia e no dia seguinte nem foi preciso levantar-me cedo.
Como moro junto à avenida marginal, pelo barulho do mar, fiquei a saber que não ia haver pesca para ninguém. Dei meia volta na cama e antes de adormecer, pensei que a nossa pesca já estava feita, de véspera.
publicado por Brito Ribeiro às 17:40
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14
Jun 07
 
Designação
Cruzeiro da Piedade
 
Localização
Viana do Castelo, Caminha, Vila Praia de Âncora, Rua Miguel Bombarda
 
Protecção
Não definido
 
Enquadramento
Urbano, isolado, no centro de Vila Praia de Âncora, situado junto a um largo constituído pela encruzilhada de arruamentos do aglomerado.

 

 
Descrição
Cruzeiro com um soco de um degrau quadrado sobre o qual assenta um plinto paralelepipédico, monolítico, com ressalto inferior, apresentando cavidade para encaixe do fuste. O fuste, monolítico, de secção octogonal, é liso.
Está rematado por um capitel circular com ressalto superior estando envolto por uma estilização vegetal que se assemelha a folhas de acanto sobre o qual assenta uma cruz latina de secção quadrangular com chanfro, com o remate das hastes em forma de botão. Sobre os braços da cruz pende o panejamento do Santo Sudário.

A este fuste está adossado, até dois terços da sua altura, um outro de menor secção, rematado superiormente por uma plataforma trapezoidal sobre a qual assenta uma peanha prismática com os símbolos da Paixão de Cristo encimado por uma imagem da Senhora da Piedade, em posição flectida e com o corpo do Senhor, desfalecido, nos braços.
Sob a plataforma encontra-se uma candeia para o azeite das promessas, suspensa por um suporte metálico.
 
Utilização Inicial
Devocional. Cruzeiro
 
Utilização Actual
Devocional. Cruzeiro
 
Propriedade
Pública: municipal
 
Época Construção
Idade Contemporânea (conjectural)
 
Arquitecto | Construtor | Autor
Não definido

 
Tipologia
Arquitectura religiosa, contemporânea. Cruzeiro de encruzilhada com plinto paralelapipédico, fuste de secção octogonal com grupo escultórico a meio do fuste, representando Nossa Senhora da Piedade, sobre um outro menor que se lhe adossa, rematado por um capitel circular com ressalto superior e rematado por cruz latina de cujos braços pende panejamento do Santo Sudário.
 
Dados Técnicos
Estrutura autoportante.
 
Materiais
Estrutura de granito; candeia e suporte em ferro.
 
 
publicado por Brito Ribeiro às 18:06

12
Jun 07
4 - TURISMO
 
Se é inegável que o Concelho de Caminha tem um bom potencial turístico também é verdade que o modelo de desenvolvimento dos anos 80 e 90 foi gerador de desequilíbrios.
 
 
 
 
OFERTA
 
* Dependência quase total de um só produto (sol e praia)
* Oferta de alojamento envelhecida e desactualizada
* Carência de estruturas de animação
* Qualidade deficiente do meio envolvente: paisagem, saneamento básico, equipamentos
urbanos, acessibilidades e sinalização
 
 
PROCURA
 
* Dependência de um número restrito de mercados
* Procura interna limitada
* Elevada sazonalidade
* Imagem promocional pouco estruturada e inconsistente
 
 
 
Atendendo à procura que desejamos, propõe-se como intervenção, a modernização do tecido económico na área do turismo e do património cultural.
 
 
OFERTA
 
Diversificação dos produtos:
     investimento em novos produtos
     turismo desportivo; turismo cultural; turismo em espaço rural
     congressos e incentivos; turismo de saúde
 
Aumento da qualidade de oferta:
    modernização e reequipamento da oferta hoteleira existente
    investimento em novos empreendimentos de nível superior
    investimento em especial associação à recuperação do património construído
 
Investimento na área de animação turística
    recuperação de património com fins de animação turística
    controlo e repressão da oferta paralela e de má qualidade
    revisão de legislação e intensificação de fiscalização
    melhoria do profissionalismo em cooperação com associações empresariais e sindicais
    intensificação e alargamento das acções de formação
 
Requalificação das áreas turísticas
    melhoria das praias: ordenamento e limpeza
    melhoria do ordenamento e do respeito pelo ambiente e cultura local
    defesa do turista/consumidor
    melhoria da sinalização
 
 
 
 
 
PROCURA
 
Diversificação dos mercados:
    dinamização dos fluxos turísticos de mercados com potencial de crescimento
    privilegiar segmentos de maior qualificação económica e cultural
 
Dinamização do turismo interno
 
Diversificação dos produtos como contributo para diminuição da sazonalidade
 
Reforço da actividade publicitária internacional dirigida ao consumidor final:
    implementação de uma nova imagem de Portugal e dos seus produtos
    reorganização da estrutura e da política de promoção nos principais mercados
    intensificação da cooperação com o sector empresarial
    dinamização de programas em parceria (hoteleiros, operadores turísticos, agencias de
    viagens, companhias de aviação, municípios, C.R.Turismo e ICEP
 
 
 
 
 
As nossas debilidades são várias, passando pelas acessibilidades, a demografia, o mal estado quase geral do património edificado, a deficiente cobertura de informação turística, a existência de agressões ambientais e paisagísticas e o alojamento turístico.
 
 
INDUSTRIA
 
 
A iniciativa empresarial no norte de Portugal tem registado um comportamento que não difere muito dos modelos de industrialização que caracterizam as áreas predominantemente rurais. Para além do seu reduzido peso, apresenta-se fortemente concentrado nos concelhos de Viana do Castelo e V. N. de Cerveira.
O concelho de Caminha tem um desempenho industrial mínimo, devido à falta de investimento prolongado ao longo dos tempos, em infra-estruturas que facilitassem e captassem a residência de unidades de pequena e média dimensão.
Além dos constrangimentos físicos de falta de áreas com vocação industrial e até de uma falta de cultura e hábitos industriais da mão de obra disponível, a falta de acessibilidades e uma vocação primária para o turismo, proporcionada pelas condições naturais, leva-nos a uma situação de total dependência das poucas unidades de micro e pequena empresa, com baixa captação e fixação de mão de obra.
 É na faixa atlântica que mais se faz sentir a influencia do eixo que liga a Galiza à área Metropolitana do Porto e se faz sentir a maior influencia das relações transfronteiriças ao nível de todos os sectores da industria, comercio e serviços.
 Parece-me positiva a interpenetração no mercado de trabalho entre as duas regiões. Será no entanto prudente, que acautelemos a forma como essa interpenetração se venha a verificar.
 É necessário proceder a acções que visem o ordenamento e também em alguns casos a relocalização industrial com vista a evitar a degradação de um dos bens inestimáveis, o património ambiental e paisagístico, assim como a segurança de pessoas e bens, e criar condições atractivas para a fixação de novas unidades industriais.
 Após o encerramento de duas unidades de média dimensão, que em conjunto seriam responsáveis por cerca de 200 trabalhadores a situação reveste-se de gravidade acrescida, já que ainda não há procura de mão de obra em quantidade equivalente, cerca de seis anos depois. que o facto de estar já concluído, e a aguardar fase de selecção e implantação, o pólo industrial de Âncora não minimiza.
 Estando já previsto outro pólo industrial para Lanhelas, importaria também acelerar a sua implementação, tanto mais que sabemos, que as vizinhas zonas industriais do Concelho de V. N. Cerveira tem conseguido um sucesso assinalável.
Face às propostas de investimento sectoriais e, em cooperação com as associações empresariais e o ensino técnico profissional, deverão ser lançados cursos de formação profissional nas áreas requeridas.
A construção e a melhoria das acessibilidades rodoviárias naturalmente provocará uma alteração em toda a estrutura regional a que não ficará alheio o desenvolvimento industrial.
 
 
 
 
 
 
ACESSIBILIDADES
 
 
Sendo um Concelho litoral, tem problemas de caracterização, idênticos aos Concelhos interiores e ultraperiféricos, em grande medida por força dos acessos. Apesar de próximo da fronteira terrestre com a Galiza (30 Km), do Porto (90 Km), servidos por dois aeroportos a 50 e a 80 Km, com um porto de mar a 15 Km (pesca e carga), e atravessado longitudinalmente por caminho de ferro, o Concelho de Caminha continua longe de tudo, fruto das péssimas condições operacionais das estradas.
 Com a auto-estrada internacional (A4) a deixar de fora os concelhos litorais, a prioridade passou para o IC1, que representaria a solução para as ligações a Sul, ficando, nos tempos mais próximos, a ligação à Galiza a cargo da velha e desadequada EN-13.
Nas acessibilidades internas, de salientar a necessidade de uma ligação intermédia entre o Vale do Âncora e o Vale do Coura, visto só existir ligação litoral e de montanha.
 Também a ligação entre a EN-13 e a EN-301 terá num futuro próximo de ser alterada e desviada para fora do centro urbano.
 Revestir-se-á da maior importância a requalificação da EN-13, que esteve prevista para o final de 2001, no sentido de dotar esta via de maiores condições de segurança e de facilidade de utilização, principalmente após a execução do troço de IC1, entre Viana e Caminha.
publicado por Brito Ribeiro às 17:39
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11
Jun 07

 

Este aviso  é um autentico hino à língua portuguesa. Foi encontrado no Brasil e dá alguns alertas aos campistas, utilizadores de determinado parque.  Sem mais comentarios!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Brito Ribeiro às 17:35
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08
Jun 07
 
   
Designação
Alminhas da Lagarteira
 
Localização
Viana do Castelo, Caminha, Vila Praia de Âncora, Rua 31 de Janeiro
   
Protecção
Não definido
 
Enquadramento
Urbano, no centro de Vila Praia de Âncora, encastradas num muro em face da R. 31 de Janeiro, junto ao cruzamento com a Trav. 31 de Janeiro.

 
Descrição
Alminhas encastradas num muro, inscritas em peça rectangular, compostas por dois corpos: nicho e cruz. O nicho, assente em parapeito saliente de contorno frontal circular, com um orifício cimentado de uma caixa de esmolas já inexistente, está enquadrado por duas pilastras, ladeadas inferiormente por duas volutas e encimadas por capitéis compósitos. O seu remate superior é em arco peraltado, sobreposto por um frontão curvo, com orla inferior em motivo geométrico, sob o qual se apresenta uma inscrição em regra única: "ANNO 1860".
Todo o conjunto está rematado por uma cornija moldurada, cuja parte central, acompanhando o contorno do frontão, apresenta um formato em arco abatido, sendo sublinhada inferiormente por um denticulado. A cornija está sobrepujada, sobre o centro do arco, por uma cruz latina de secção quadrangular, com chanfro, com o remate das hastes em forma de botão, estando assente num plinto rematado por uma esfera envolta em folhas de acanto, apresentando nas suas extremidades coruchéus.
O nicho, fechado por gradeamento no qual se integra uma caixa de esmolas metálica, conserva um retábulo policromado, em painel talhado em pedra, em baixo-relevo, figurando na parte superior a imagem de Nossa Senhora do Carmo sob a qual se encontram, lado a lado, Santo António e o Arcanjo São Gabriel, segurando a balança na mão esquerda, estando aos seus pés as Almas entre chamas.

   
Utilização Inicial e actual
Devocional. Alminhas
   
Propriedade
Privada: pessoa singular
   
Época Construção
Séc. 19
 
Construtor | Autor
Não definido
 
Cronologia
1860 - Construção das alminhas; 1985 - remoção para a actual localização por motivo da abertura da Trav. 31 de Janeiro.
 
Tipologia
Arquitectura religiosa, oitocentista. Alminhas de caminho oitocentistas, com nicho rasgado em pano de muro, entre pilastras e volutas, encimado por frontão curvo, contendo baixo-relevo em pedra com imagem de Nossa Senhora do Carmo no topo, Santo António e o Arcanjo São Gabriel ao meio e as Almas entre chamas no plano inferior.
 
Características Particulares
Encastradas num muro; retábulo talhado em pedra, em baixo-relevo, com carácter popular; inscrição com data de construção.
 
Dados Técnicos
Estrutura autoportante.
 
Materiais
Estrutura de granito; gradeamento e caixa de esmolas em ferro.
 
 
 
publicado por Brito Ribeiro às 17:35

04
Jun 07
Não vou alongar-me em comentários acusatórios e muito menos dizer que já esperava este resultado.
Ainda há poucas semanas escrevi que achava totalmente inseguro o futuro em matéria de salubridade das águas balneares.
Não tenho dados que me permitam estar descansado quanto a isso e os primeiros resultados das águas balneares são um verdadeiro balde de água fria na esperança dos ancorenses. Segundo o site do Instituto da Água www.inag.pt a praia de Vila Praia de Âncora está interdita até ao dia quatro de Junho.
 
 
Classificação
Colif. Fecais
Colif. Totais
16-Mai
Boa
22
53
23-Mai
Aceitavel
760
3800
30-Mai
Aceitavel
99
830
 
Previsivelmente a próxima amostra será a 6 de Junho e ditará sem duvida as medidas a tomar pela autoridade de saúde regional.
publicado por Brito Ribeiro às 20:21
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